Como assim...Tear num estúdio de pintura em seda? Sim, sim.
Como o nome do estúdio diz; 58 Amores, ou seja tudo o que faço é com 💕 ( já expliquei o porquê do 58. Pois é agora já são 61 rsrsr)
Voltando ao tear.
O estúdio entra numa nova fase de trabalhos.
Tá na hora de retomar o que sei, pois isto me faz ser o que sou.
Durante um curso de capacitação para artesãos, participei de vivências que resgataram uma menina muito criativa e e conectada com sua essência, que é sua infância. Isto mesmo, minha infância rica em aprendizados de todas as formas e acima de tudo muito feliz.
Isto me deu liberdade pra fazer o que eu quiser, sem se importar com modismos.
Nesta nova fase vocês verão trabalhos de tapeçaria, no tear, no macrame, alguns bordados e até algumas bijus, e tudo o que meu coração sentir.
Colocarei também alguns tutoriais do processo criativo.
Este bem pequeno, foi só pra relembrar. Mas penso em fazer um colar com ele.
Olá!
Voltei!
O mundo gira, gira e giro junto. Fui pra lá, pra cá, fui ali e depois mais ao longe, e aqui estou👀
Nestas andanças eu dei aulas de pintura, oficinas, aprendi outras técnicas de artesanato,participei de feiras itinerantes, de exposiçães, estudei e continuo estudando.
E melhor, conheci pessoas, muitas pessoas!
Aos poucos tentarei atualizá-lo.
Então vamos lá.
Sempre fui engajada nos movimentos de classe e em especial no movimento para valaorização do artesão.
Fui vice presidente da Amas-mg, associação mineira de arte e artesanato e negócios sustentáveis, criada em 2008, em atividade até 2012, paralisou ,e apartir de 2017 em novo formato, nova missão, e objetivos, um grupo de artesãos vendo a necessidade de participar de eventos dentro das novas regras do PAB, Plano do Artesanato Brasileiro, reativamos e renovamos a associação, eu estou efetivo no Conselho Fiscal, juntamente com uma diretoria formada por artesãos mineiros e de larga experiência no seu ofício.
Porque 58 - minha idade atual. Amo ter 58 anos (e chegarei mais) Amo meus cabelos brancos Amo meu trabalho Amo pintar Amo cores Amo seda Amo família Amo música Amo rezar Amo dormir Amo acordar Amo andar Amo nadar Amo falar Amo gargalhar Amo amigos Amo aprender Amo compartilhar
Um dia especial pra mim quando vou a feira mostrar e comercializar meu trabalho.
Um dia iluminado, cheio de cheiros e cores, sons e pessoas de toda raça.
Ali...passando pra lé e pra cá, às vezes parando... perguntando pra mim, curiosas; que técnica é esta de pintura?
Uau!! Esta é a deixa pra eu me soltar e falar...falar...
O que fazer com o conhecimento quando não se passa pra frente, não cria discípulos e não tem continuidade, morre e não cria raizes; não cria espaços para entrada de novo conhecimento.
Assim é e assim serão meus dias de feira: uma total felicidade em compartilhar meus parcos conhecimentos sobre pintura em seda, com quem chegar!
Espero vocês para um bate papo!
Endereço na feira: Setor Artes Plásticas, Espaço P03, Barraca 78
Pertinho do Palácio das Artes
São técnicas que se fundem, e aqui no ocidente conhecemos mais como tye-dye, lá pelos idos de 1960 eram muito usadas pelos hippies e depois caiu no gosto do mundo da moda.
Shibori
Uma arte manual japonesa de tingir tecidos criando padrões manchados nos tecidos através de alinhavos, dobraduras.
Surgiu no Japão (não sei ao certo, pode ser Índia, Àfrica pois também é conhecido como batik africano), em meados do século 8, onde o índigo era muito utilizado no tingimento das roupas.
O shibori mais conhecido é tingido de índigo, o que não impede de dar asas à criatividade e colocar mais cores.
O shibori pode ser feito a partir de várias técnicas, como enrolar, dobrar, amarrar, torcer e comprimir o tecido. Cada uma delas proporciona efeitos diferentes entre si
Por exemplo: orinui, makiage, itajime, mokume, tegumo, awasenui, makinui, karamatsu shibori e outros que ainda nem sei como é.
Técnicas mais conhecidas são: “arashi”, em que o tecido é enrolado em um cano; a “kumo”, feita com a utilização de pedras; e a “itajime”, em que o tecido é comprimido entre duas tábuas de madeira.
O tecido é mergulhado em tinta, amarrado, dobrado ou enrolado e depois lavado até atingir a cor desejada.
Estou na fase do “ mokume shibori”, que é alinhavar o tecido com ou sem um desenho prévio e depois tingi-lo.
Aqui está um breve "passo a passo" do shibori Lua
Passo 1: depois do tecido lavado para tirar toda goma risque seu desenho ou faça aleatoriamente.
Passo 2 e 3: depois de alinhavado puxe delicadamente até franzir e finalize com um nozinho.
Molhe o tecido antes de ir para o tingimento; isto fará a absorção do corante melhor.
Passo 3 e 4: prepare o corante de acordo com as instruções do rótulo.
Mergulhe o tecido franzido e siga o tempo de imersão até chegar no seu tom ideal.
Passo 5: retire do tingimento escora debaixo de água corrente para sair o excesso de corante.
Aperte bem, se preciso numa toalha, desamarre o alinhavo delicadamente, coloque par secar à sombra (se for direto ao sol fica todo manchado)